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Dúvidas

1) O que é o Otimizador de Carteiras?
Conceito: Em uma carteira formada por n ativos, haverá infinitas composições de carteiras possíveis, tal como indicado na figura ao lado (gráfico Risco X Retorno). Cada ponto dentro da área AZUL representa uma carteira possível, com um determinado risco e retorno. As carteiras indicadas em VERMELHO, que se encontram nas posições superiores da figura (a chamada Fronteira Eficiente), são as melhores opções, pois correspondem aos maiores retornos possíveis para cada risco assumido.

O Otimizador de Carteiras calcula 20 carteiras ótimas para que o investidor selecione aquela que mais se adapte ao risco que se queira assumir.
Para exemplificar, vamos considerar que um investidor queira investir R$ 50 mil em ações. Após ele ter selecionado 5 ativos para investimento, poderiam surgir as seguintes perguntas:
• Como distribuir o capital investido entre estes ativos de forma eficiente?
• Quais ativos são mais arriscados? E os menos arriscados?
• Qual o nível de risco ele deseja assumir neste investimento?
• Quais são os ativos que possibilitariam um maior retorno neste investimento?
• Seria uma boa estratégia investir R$ 10 mil em cada um dos ativos?

O Otimizador de Carteiras foi elaborado para permitir ao investidor obter respostas a estas e outras perguntas de forma ágil e eficiente.

2) Qual medida de risco é utilizada no Otimizador de Carteiras?
O Otimizador de Carteiras utiliza a volatilidade da ação como medida de risco.
A volatilidade indica a oscilação do preço em um determinado período. Quando o ativo apresenta muita volatilidade, pode-se interpretar que este ativo está sujeito a fortes oscilações no mercado e portanto maior o seu risco. Normalmente, quanto maior o risco, maior a possibilidade de retorno.
O modelo EWMA (Exponentially Weighted Moving Average) é utilizado para o cálculo da volatilidade. Neste modelo, os dados mais recentes têm maior peso em relação aos mais antigos e desta forma os cálculos representam mais a atualidade.
No Otimizador de Carteiras, o Risco representa a volatilidade anual do ativo.

3) Como o risco da carteira pode ser diminuído?
O risco pode ser conceitualmente dividido em duas partes:
Risco não diversificável (ou Risco sistemático): Parcela de risco que afeta todas as empresas, como por exemplo a queda no PIB, guerras, inflação e incidentes internacionais. Este risco não pode ser reduzido por meio da diversificação de investimentos.
Risco diversificável: É o risco próprio do ativo ou de um determinado setor. Em uma carteira bem diversificada, essa parcela de risco tende a diminuir.
O objetivo da diversificação dos investimentos é reduzir o risco da carteira, não apenas entre diferentes empresas, mas também entre diversos setores, permitindo um desempenho mais consistente sob as mais diversas condições de mercado.
O conceito de diversificação está intimamente ligado com a noção de correlação entre títulos que compõem a carteira. O Coeficiente de Correlação é uma medida estatística que mede o grau de relação entre os movimentos de dois ativos. Quando a correlação é igual a +1, indica que os retornos dos ativos têm o mesmo comportamento, ou seja, quanto um ativo sobe o outro sobe, e vice-versa. Por outro lado, se a correlação é igual a -1, indica que o comportamento dos retornos dos ativos é inverso, ou seja, quando um ativo sobe o outro desce, e vice-versa.
Deve-se priorizar a utilização de ativos com baixos índices de correlação na formação de uma carteira de investimentos, pois assim o risco da carteira será reduzido. Ativos com índices de correlação positivamente elevados devem ser evitados.

4) Como posso saber se a minha carteira é ótima?
O processo de otimização de carteiras se resume aos seguintes passos:
a. Selecione os ativos para otimização;
b. Crie a Fronteira Eficiente e salve o gráfico como "Referência" (para futura comparação);
c. Substitua as ações selecionadas por outras que possam eventualmente obter melhores resultados e gere novamente a Fronteira Eficiente;
d. Compare a Fronteira Eficiente gerada com a de "Referência" e caso ela tenha obtido melhores resultados, salve o gráfico como uma nova "Referência". De forma geral, uma Fronteira Eficiente que esteja em uma posição acima (e à esquerda) da outra possui uma melhor relação Risco x Retorno.
Este processo pode ser repetido, até que as otimizações não tenham mais um efeito positivo que possa ser visualizado na Fronteira Eficiente.

5) O que significa CAPM?
O Modelo de Precificação de Ativos Financeiros, mais conhecido mundialmente pela sigla em inglês CAPM (Capital Asset Pricing Model), é utilizado para determinar o retorno esperado de um ativo, de acordo com o seu nível de risco sistemático (Beta). O CAPM pode ser descrito por:
Ra = Rf + Beta * (Rm - Rf)
onde:
Ra = retorno projetado do ativo
Rf = é a taxa de juros proveniente de um investimento sem (livre de) riscos, como por exemplo, os títulos do Tesouro Nacional Brasileiro que remunera a taxa Selic.
Rm = retorno projetado do mercado (Ex. Ibovespa)
Beta = risco sistemático do ativo.
A idéia básica do CAPM considera que uma ação é um título com risco e que para o investidor adquirí-lo, o retorno mínimo da ação deve ser de pelo menos a taxa livre de riscos (Rf). Por se tratar de um título arriscado, o investidor espera receber algo mais, ou seja, um "prêmio pelo risco" adicional para investir no mercado acionário, que corresponde ao segundo termo do CAPM (Beta*(Rm-Rf)). Quanto maior o Beta do ativo, maior deverá ser o retorno esperado do ativo.
Em uma carteira cujo risco não sistemático (diversificável) foi reduzido pela boa diversificação dos ativos, o importante é avaliar o risco sistemático, ou seja, o Beta do ativo que for incorporado à carteira de investimentos. Adicionar um ativo com Beta maior que o Beta da carteira, a carteira resultante terá um Beta mais elevado, e vice-versa.

6) O que é Beta?
O Beta define o risco sistemático do ativo. O Beta estabelece uma relação de proporção entre a variação do mercado (Índice Ibovespa) e a variação do ativo, descrevendo como determinado ativo move-se diante de alterações de mercado.
Vamos considerar abaixo alguns exemplos para ativos (ou carteira) com:
• Beta = 1 - Possui oscilações que tendem a acompanhar o mercado (Ibovespa). Ex.: se o Ibovespa valorizar 2%, o ativo tende a se valorizar na mesma proporção.
• Beta > 1 - Ativo Agressivo. Possui oscilações superiores ao mercado e no mesmo sentido. Ex.: se o Ibovespa valorizar 2%, o ativo tende a se valorizar mais do que 2%.
• Beta < 1 - Ativo Moderado. Possui oscilações inferiores ao mercado e no mesmo sentido. Ex.: se o Ibovespa desvalorizar 2%, o ativo tende a se desvalorizar menos do que 2%.
O cálculo do Beta é baseado em dados históricos. Isso significa que ele não prevê o futuro, mas demonstra o comportamento que o ativo (ou carteira) terá, caso continue a ter o mesmo preço padrão relativo ao mercado (Ibovespa).
Pode-se utilizar o Beta para a gestão da carteira de investimentos. Se o investidor acreditar que o Ibovespa irá subir no futuro, ele deverá vender as ações "defensivas" (Beta<1) e comprar ações agressivas (Beta > 1). Assim, se o mercado subir, os ganhos da carteira serão amplificados. Por outro lado, se o investidor acreditar que a bolsa irá cair, o investidor deve atuar de forma contrária, pois se o mercado despencar, a carteira do investidor será menos afetada.

7) O que é Sharpe?
O Sharpe ou Índice de Sharpe é um dos índices mais utilizados por profissionais do mercado financeiro na avaliação da performance de um investimento. É uma medida que expressa a relação entre o retorno e o risco de um investimento. Quanto maior for esse índice, melhor será o desempenho da carteira.

8) O que é Valor em Risco?
O Valor em Risco (VaR) indica, sob condições normais de mercado, a expectativa de perda possível da carteira em um 1 dia, com um grau de confiança de 95%.
Por exemplo, vamos supor que o investidor tenha R$ 20.000,00 em carteira e o Valor em Risco é de R$ 600,00, isto significa que a carteira de investimentos tem 95% de chances de sofrer uma perda de até R$ 600,00 de um dia para o outro. Em outras palavras, o risco das perdas superarem esse patamar é de 5%.

9) Por que a somatória dos valores em risco individuais dos ativos não é igual à da Carteira?
Este é o benefício da diversificação dos investimentos. Quanto melhor for a diversificação, menor é o Valor em Risco de sua carteira. Por outro lado, quando a carteira se compõe de poucos ativos ou utiliza ativos de poucos setores da economia, a carteira estará exposta a maiores riscos.

10) Por que alguns ativos não estão disponíveis para utilização no Otimizador de Carteiras?
O processo de Otimização necessita de dados históricos dos ativos para os cálculos das volatilidades (Risco), assim como para o cálculo do Beta. Por esse motivo, os ativos que não preencham os requisitos básicos para cálculo não estão disponíveis no sistema.